Suspiros da alma.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

(Des)construção.


                                                                                por, Isis de la Peña



Guardei aquele beijo como se fosse o último
Eu te amei somente porque foi o único
E te toquei com fogo e um toque tímido

Você que derrubou a nossa base sólida
E destruiu meu corpo num passe de mágica
Encheu-me o corpo, os olhos e o coração de lágrima

Brincaste com meu coração com mãos de bêbado
A minha asa quebrou eu não sou mais um passarinho
Parti na contramão obedecendo o tráfego.


quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Teoria da relatividade.

 
                  por, Isis de la Peña.


Todo o espaço - tempo que nos rodeia
Anda distorcido já tem é tempo.
Nossos corpos foram os objetos
Que distorceu tudo o que era nítido.

Naquele momento, nós deformamos
A superfície que se chama cama.
Nós deslizamos sobre a gravidade,
Desconhecemos as regras normais

Esquecemos o espaço e o tempo.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

I Encontro.

                                                               

                                                                                          por, Isis de la Peña.

Era pra ser apenas uma noite, mas virou dias, semanas, almoços e jantares, Não tinha como evitar que aqueles olhos completassem os espaços abertos em meu ser. Desde o primeiro encontro na fila e aquelo beijo de despedida onde sua boca foi fogos e minha bochecha foi céu, os sensoriais despertaram. Sem perceber ele habitou o meu corpo como se fosse sua casa e eu fiz questão de reconhecê-lo como meu dono.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Pertencimento.

                                                                               

                                                                                          , por Isis de la Peña.





Fui pequena quando já não tinha forças, já não procurava mais. Aceitei qualquer coisa que a vida julgava à mim pertencer. Se eu errava os passos da dança e as notas da música, não fazia sentido buscar. Em qualquer canto me acomodei.

Quando já não esperava mais os seus olhos aguados encontraram os meus. Em face do seu contentamento me deixei viver. Que eu nunca mais te perca pela janela. Que eu nunca mais me sinta sufocada.
                   
Descobri que preciso estar em paz para conseguir ser minha, para conseguir ser sua.

Literatura, sou sua.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Despedida.

                                              Isis de la Peña.

Junho tá se despedindo
E eu já sinto saudade
Se a lança da vida corta
Esse mês não vi maldade
Milho, fogueira e forró
Trás por si, felicidade

Se os pés estão calejados
Esse mês foi de forró
A barriga está doendo
Mas não é de mocotó
O corpo todo formiga
Mas dança o forró bodó

Não existe nordestino
Que não sinta o cheirinho
Que chega com o mês de junho
E que some de fininho
Quem me dera, eu pudesse
Senti-lo o ano todinho

Olhando o céu estrelado
Vejo algo diferente
A luz que reluz da lua
Penetra o olho da gente
Meia noite o céu acena
Chega julho de repente.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Falando de magia.



                                                   Isis de la Penã.

No emaranhado da vida
A gente quer um lugar
Se não é fácil nascer
Mais difícil é encontrar
O seu espaço no mundo
E dentro dele brilhar.

Todo mundo tem um dom
E também uma missão
Não tem nada aleatório
Tudo tem conexão
Até mesmo entre a ciência
E toda religião.

Tudo tem o seu papel
E a mesma importância
Se eu dissesse o contrário
Usaria a ignorância
Usaria o que temo
Que chamam de intolerância.

Eu dei toda essa volta
Pra falar de poesia
Felizmente encontrei
O que me trás alegria
Me lançando ao cordel
Vi que o mundo tem magia.

Feito colcha de retalhos
Tudo vai se encaixando
Feito bailarino em palco
A caneta vai dançando
Surge uma palavra e outra
Que se completa rimando.

Vendo assim parece fácil
Mas você nem imagina
Como é difícil mexer
Com aquilo que lhe fascina
Não existe explicação
Acho mesmo que é sina.

Aqui vou me despedir
Com um breve comentário
Que prospere a poesia
Neste mundo extraordinário
Que a literatura vá
Desenhando o seu cenário.